O espetáculo Anão Marron foi dirigido e interpretado pelos atores João Emediato e Ethel Braga, foi contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myrian Muniz.
A história é baseada no texto homônimo de Marcos Coletafo: “Uma atriz interpreta Estela, uma jovem que deixou as pitangueiras do quintal para descobrir a cidade, mas que, de repente, descobre-se grávida. Um ator interpreta todo o resto em torno dela. Enquanto isso, centenas de bilhões de estrelas surgem e morrem dentro de centenas de bilhões de galáxias que se expandem no universo”.
A peça é permeada de referências à astronomia e também aos princípios da exploralção espacial. A concepção do cenário buscou criar uma proposta articulada com essas referências e que permitisse variações de ambientações, a apropriação e interação dos atores com o espaço.
Ao fundo do galpão foi proposto um artefato inflável que assume diversos significados ao longo do espetáculo. No meio da peça a massa sustentada por ar começa a surgir como imagem da cidade em expansão, com a qual a atriz interage, é “engolida” e “cresce” em conjuntamente. Em outros momentos, o ator se esconde na estrutura e revela sua transparência, em outro as luzes se apagam e com uma lanterna a atriz narra a história da astronalta Laika criando silhuetas expressionistas, entre outras situações.
Também foram criados outros objetos de cena, como o fogão de rodízios, que foram dispostos na cena em círculos que formava a constelação do Cosmos do espetáculo.
FICHA TÉCNICA